Laura Jackson – Freddie Mercury A biografia #resenha @Editorarecord


freddie mercury

Olá!

Confira a resenha do livro Freddie Mercury A biografia da autora Laura Jackson .

Eu sou mega fã de Queen e do Freddie Mercury. O primeiro vinil que ganhei foi do Queen, tenho todos shows deles, cd’s, bootlegs, biografias… E essa não é a primeira biografia do Freddie Mercury que li. Ah e ele era apaixonado por gatos!

Agora em 2015, completam-se 30 anos do primeiro Rock in Rio, quando o Queen fez duas apresentações históricas.
A banda, com Adam Lambert nos vocais, fará apresentação nesta edição do festival . Eu prefiro Marc Martel, o vocal do Queen Extravaganza,que é uma banda criada só para fazer shows em homenagem ao Queen. veja mais sobre a banda – aqui . Quem está por trás dessa banda é o Roger Taylor e o Brian May. A audição do vocal, você pode ver aqui.

O livro é bem escrito, apresenta muitos fatos da vida de Freddie Mercury, desde a infância até o auge da banda, com muitos roqueiros entrevistados, amigos, pessoas que tocaram nos mesmos shows, empresário, etc. Mas uma coisa é fato, Freddie Mercury sempre foi muito discreto em relação a sua vida pessoal e detestava jornalistas especulando sobre sua vida.

O que me deixou incomodada é que há muitos pontos onde a autora insistiu demais em coisas que não fazem diferença e parece que é mais para incomodar e vender mais livros. Não que ela tenha dito alguma mentira, são citações de pessoas que conviveram com ele. Sei que ela quis traçar o perfil dele e do que o comportamento influenciou. Mas eu gosto mais do foco na música.

O Queen era conhecido pelas festas homéricas pós show e como sabemos, todo astro de rock tem fama de cometer excessos. Mas o certo tom irônico que ela usa em muitas partes, faz parecer que esperava coroinhas e freiras nas festas.

Imagine que em uma das festas tinha vários anões que serviam cocaína aos convidados, mulheres nuas etc.

“Sem dúvidas a festa de Halloween que o Queen deu em Nova Orleans foram noticiadas nos jornais em todo território norte-americano – e fora dele- , e a festa entrou para o folclore do Queen como uma de suas mais desavergonhadas. As festas sempre se estendiam por dias; mas, como dessa vez eles fariam um show em Miami no dia 3 de novembro, tiveram de se contentar com uma orgia de doze horas de excessos.”

Freddie Mercury não nasceu rockstar ele foi atrás disso. Descendentes de persas, nasceu Farrok Bulsara, em Zanzibar – colônia Inglesa – em 5 de setembro de 1946. Mudaram-se para Mumbai quando ele ainda era pequeno. Frequentou escola inglesa, onde estudou piano e cantou em coral. Nessa escola passou a ser chamado de Freddie e depois adotou Mercury ( da mitologia – Mercúrio).

Até chegar ao auge não foi muito fácil , mas ele sempre foi determinado, perfeccionista. Também foi um personagem, um mito. Nos palcos uma estrela, e com uma performance cheia de energia.

No início, as roupas, apesar do exagero, era uma característica da época, então não estranhavam tanto. Mas o visual, as capas dos discos, as apresentações, Freddie Mercury sempre queria tudo perfeito. E apesar de um comportamento cheio de maneirismos e até de certo modo afetado aos olhos de quem não o conhecia. Foi ainda sem fama e dinheiro que conheceu Mary Austin – que ele sempre disse ter sido seu grande amor – e nunca ninguém questionou se ele era hétero nessa época. O que não faz a menor diferença, mas no livro a autora fala bastante sobre isso.

Apesar do jeito extrovertido em suas apresentações ele sempre quis alguém para amar, sentia-se sozinho, tinha medo do abandono. Isso é evidente também quando se observam as letras de autoria dele, como Somebody to love. Na série Glee ficou bem legal a versão que fizeram.

Can anybody find me somebody to love?

Alguém pode me achar alguém para amar?

 

A música Love of my life , ele compôs para Mary Austin. Há fatos que  autora cita no livro e também comenta sobre o show do Rock in Rio, que parecem estar longe do que assistimos, parece até que ela não assistiu ao show. Assistam e tirem suas conclusões se foi bom ou não.

 

Como disse, sou fã ardorosa, então certas coisas acho que é exagero, mas leiam o livro, é muito bom vermos o garoto virando uma das maiores lendas do rock, carismático, levava as pessoas a loucura, era um maestro regendo as multidões como no show em Wembley, aquele mar de gente cantando sob a batuta dele. Isso é o que ele mais gostava. No livro tem uma citação

“Bob Harris concorda que Freddie Mercury foi um dos artistas mais generosos do ramo. Não havia egocentrismo quando fazia a multidão cantar de volta para ele. Na realidade, queria que ela se comunicasse com ele naquela intensidade”.

Tanto no itunes quanto no google play, o show do Rock in Rio está disponível para compra. E uma curiosidade: aos sete minutos mais ou menos, antes de Under Pressure, assim como em Wembley ( vídeo abaixo) os brasileiros deliram ao seguir Freddie Mercury nas vocalizações.

Bob Halford (vocalista do Judas Priest) , quando Freddie Mercury mudou o visual e passou a usar boné de couro e um visual de motoqueiro, o desafiou a pilotar uma moto num circuito de corrida para poder ter o direito de usar aquele visual, e Freddie respondeu com o desafio de que ele então teria que dançar com o Royal Ballet. Assunto encerrado… Royal Ballet pois o Freddie Mercury apesar de não ser bailarino teve algumas incursões nessa área, e também usou isso no video de Radio Ga Ga, onde além das cena onde eles satirizam uma novela inglesa, vestidos de mulher, ele aparece com bailarinos.

A autora diz que ele foi um bom manipulador e cita que Brian May confessou que Freddie Mercury foi o homem com mais motivação dentro de si que ele conheceu.

O logo que representa a banda foi desenhado por Freddie Mercury. Ele fez escola de Belas Artes, outra coisa que ele quis e conseguiu. Eu chamo isso de determinação!

A banda fez trilha musical de filmes como Flash Gordon, Highlander e Freddie Mercury fez gravações solo, duetos que nem foram para frente também, mas o mais impressionante e famoso foi com a soprano catalã Montserrat Caballé, que rendeu músicas maravilhosas e ele flertando com o lírico de novo. Ele já fizera algo em Bohemian Rapsody.

Seu dueto com Montserrat Caballé foi considerado um dos melhores trabalhos deles e um mito, já que foi perfeita a união de um rockstar com uma cantora de ópera. A música Barceloa foi tema da abertura das Olimpíadas de Barcelona em 1992. Aqui a autora mostra a insegurança dele diante da cantora lírica.

Infelizmente uma vida de excessos tem seu preço, além dele se envolver com drogas, acabou por falecer em decorrência da Aids em 24 de novembro de 1991. Lembro bem de no dia anterior a declaração dele ir ao ar, dizendo que era portador da doença e o falecimento no dia seguinte. Chorei horrores. Apesar das especulações durante anos, ele guardou isso até o fim.

Conhecer um pouco mais de Freddie Mercury é saber um pouco mais do cenário do rock nos anos 70, do que era ser alguém montando uma banda e correndo atrás da fama, no caso deles, não havia maneira de não serem eternizados, e se transformarem em ícones e referência para bandas que surgiram desde então.

O ícone, o mito, é muito mais importante do que qualquer coisa. A verdade só mesmo ele sabia, então o livro é ótimo para conhecermos a trajetória dele, de como a banda veio a ser formada, da composição dos sucessos e de como ele se tornou Freddie Mercury.

Leia o livro que é muito bom, assista aos shows e ouça as músicas e conheça uma das maiores e mais influentes bandas da história.

Capa, diagramação e papel agradáveis à leitura.

Capa, ficha técnica, sinopse

freddie mercury biografia

Freddie Mercury A biografia

Freddie Mercury

Laura Jackson

ISBN: 9788501098252
Editora: Record
Número de páginas: 308
Encadernação: Brochura
Formato: 16 x 23 cm
Ano Edição: 2015

Sinopse

vida de um dos maiores ícones da história do rock

Dono de um talento colossal aliado a uma personalidade infantil, Freddie Mercury tinha uma tendência ao excesso que marcava o seu temperamento de forma definitiva, responsável por suas maiores glórias – e também por seus piores momentos.
Descrevendo a trajetória do astro desde sua infância na exótica Zanzibar e sua transformação de Farrokh Bulsara em Freddie Mercury até sua consagração com o Queen, Laura Jackson narra os tumultuados relacionamentos da vida do cantor, como sua relação duradoura e conturbada com seu primeiro amor, Mary Austin, e a parceria de uma vida inteira com sua confidente, Barbara Valentin. Com depoimentos de amigos mais próximos a ele, Freddie Mercury: A biografia apresenta histórias inéditas do artista que marcou para sempre a história da música.

Boa leitura

See ya!

Rosana Gutierrez

Compre o livro

Submarino

Saraiva

 

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4 Comments

  1. 29/08/2018

    Olá Carol, apesar de em alguns pontos o texto da Laura Jackson ter alguns fatos que destoam de outros autores falando sobre o mesmo , ainda acho que das biografias publicadas no Brasil sobre o Freddie Mercury , é a melhor.
    Li outra biografia publicada pela Madras, mas a qualidade não é a mesma.
    😉

  2. Carol
    21/08/2018

    Olá, Rosana!
    Muito boa a resenha. Como atestamos pela tua redação, assim como dizes, és uma fã do Freddie. Qual biografia consideras melhor: essa da Laura Jackson ou a da Lesley-Ann Jones? Há alguma, lançada no Brasil, melhor que as duas?
    Desde já, obrigado.

  3. 28/06/2015

    Olá Ana,
    O próprio Freddie Mercury declarou q usava cocaína. E as festas deles eram bem malucas. Isso li tb em outras biografias.
    E sobre ele usar, isso tem reportagens da época 😉
    O livro é bom. Pode ler q vai gostar.
    Obrigada pela visita.
    Bj

  4. Ana Ramo
    28/06/2015

    OLá! Amei seu texto e certamente comprarei o livro. A única coisa que me incomoda é com relação às drogas, pois nunca ouvi falar que ele realmente consumia, pelo contrário, diziam que ele evitava esse tipo de coisa porque não queria que nada atrapalhasse suas performances no palco e seu trabalho. Essa afirmação me parece mais coerente com a figura do Freddie. O que você acha?

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