BASTIDORES LITERÁRIOS – Para Você Que Está Entrando No Mercado, Cuidado!


Por Gianpaolo Celli, consultor do ALITERAÇÃO SERVIÇOS EDITORIAIS

Atualmente muitos escritores, de renome até, têm comentado que uma opção válida à publicação tradicional (que é quando você apresenta seu original para uma editora que o aceita e se torna responsável pela publicação, distribuição e divulgação da obra na mídia) é a auto-publicação (quando o autor publica a própria obra e toma para si as responsabilidades da editora).

Isso é uma verdade? Pode ser… Mas FALA SÉRIO! Pode terminar se tornando uma roubada.

Por que isso? Já expliquei mais de uma vez, mas como um dos escritores que usa os serviços do Aliteração Serviços Editoriais me questionou a respeito após haver recebido uma proposta de uma editora por demanda, resolvi comentar a respeito aqui uma vez mais.

Para quem não sabe o meio termo entre a publicação tradicional e a auto-publicação são as parcerias que algumas editoras por demanda oferecem, e que apesar de poderem ser uma boa ideia para quem está começando e quer se apresentar ao mercado, elas também podem terminar num pesadelo semelhante ao da auto-publicação.

No caso da parceria existem dois tipos básicos de trabalho. No primeiro o autor paga por parte da publicação e a editora fica responsável pelo processo de venda e divulgação; do outro é feita uma impressão escalonada, ou seja, de acordo com a demanda. Neste caso o autor paga pelo projeto editorial (revisão, diagramação, capa e ISBN) assim como cadastro da obra nas principais livrarias do mercado e inserção do livro nas mídias sociais e o livro só sai quando ele é efetivamente vendido.

O problema é que se o leitor não sabe que o livro existe, ele não compra. E FALA SÉRIO! Praticamente ninguém busca aleatoriamente por um livro que não conhece nos sites das livrarias, especialmente quando o autor é desconhecido.

Aí o que acontece? A editora comenta de pode disponibilizar material de divulgação (como banner, convite online e marcadores de páginas), organizar um lançamento ou mesmo a venda do livro em congressos e eventos que a editora participa, mas só se o escritor adquirir uma dada quantidade de exemplares.

E para piorar, mesmo havendo feito uma parceria e pago, o autor novamente só recebe os 10% de direitos autorais que receberia na publicação tradicional (valor o qual FALA SÉRIO!, gerou a reclamação dos escritores e o início da onda de auto-publicação).

Então, a parceria, assim como a auto-publicação, pode ser uma boa opção?

Se o escritor considerar a respeito de tudo que terá de fazer além de pagar, assim como se não ficar achando que se tornará um best-seller da noite para o dia, e especialmente se verificar com cuidado todas as clausulas do contrato antes de assinar, evidentemente que sim!

O problema é que muitos escritores ficam desesperados quando começam a receber negativas de editoras e FALA SÉRIO!, tomando os pés pelas mãos, terminam caindo no conto do vigário de editoras não profissionais que existem aos montes no mercado (tanto aqui como lá fora).

A dica para isso é sempre a mesma: busque na internet, em especial em sites de reclamação, a respeito da editora; procure nas livrarias para ver se você acha os livros da editora; vá atrás dos escritores que já publicaram pela editora nas redes sociais e pergunte o que eles acharam da experiência.

Porque depois que você fizer o negócio, a única coisa que poderá fazer será chorar as pitangas.

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