Mulher Maravilha 1984 #filme


Quando Mulher Maravilha chegou aos cinemas em 2017 ele salvou o Universo DC, que vivia um período ruim após o controverso Batman vs. Superman e o desastroso Esquadrão Suicida. Além disso, a personagem se tornou símbolo feminista com um filme espetacular no machista mundo dos super-heróis, e levantou o questionamento sobre por que raios o longa-metragem da heroína demorou tanto pra sair. Claro que com tantos elogios, todos esperavam a continuação, e ela veio, para encerrar o ano em que um vírus esvaziou as salas de cinema. Sequência de um filme de muito sucesso, mesmos protagonistas, mesma diretora, trailer promissor; nada poderia dar errado, certo? Mas deu.

De fato, não vamos colocar Mulher Maravilha 1984 no mesmo saco de bombas históricas do gênero de super-heróis, mas a verdade é que dava pra ser muito melhor. Em primeiro lugar, segundo a cronologia do Universo DC, Diana Prince e seu alter-ego heroico passaram 100 anos se escondendo da humanidade após a Primeira Guerra Mundial, certo? Então que diabos ela estava fazendo de maneira nada discreta salvando pessoas em um shopping center? E nem adianta dizer que ela destruiu as câmeras de segurança, pois vamos combinar que a moça e seus feitos são algo de que a humanidade tomaria conhecimento mesmo antes dos celulares que tudo veem.

Em segundo lugar, convenhamos, a DC já fez vilões melhores, não é mesmo? Sabemos que eles adoram as pessoas humilhadas e enlouquecidas querendo se vingar da humanidade, mas a Mulher-Leopardo, vivida por Kristen Wiig; e Maxwell Lord, feito pelo excelente Pedro Pascal, não possuem o menor carisma e suas motivações não convencem. No caso da vilã, há o óbvio paralelo com a Mulher-gato, mas enquanto Michelle Pfeiffer roubou o filme do Batman pra si em 1992 – mesmo nas cenas em que não estava travestida de felino – Kristen Wiig foi apenas sem graça e sua única cena de ação como leopardo foi curta e impossível de ser avaliada.

No fim das contas, alguns dos maiores absurdos da história foram os responsáveis pelas cenas mais agradáveis, como a surpreendente volta de Steve Trevor e a aparição do clássico jato invisível da heroína. O roteiro continuou sendo fraco, e as cenas de ação muito abaixo das protagonizadas por Gal Gadot em todas as suas aparições anteriores, mas a magia non-sense conseguiu tornar um filme insosso um pouco mais divertido. Já anunciaram o terceiro e estou na expectativa pelo potencial que vejo na personagem, mas esse longa ficou realmente muito aquém do primeiro.

Ficha técnica, sinopse

Mulher Maravilha 1984

Wonder Woman 1984

Direção: Patty Jenkins

Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, Kristen Wiig

Lançamento: 17 de dezembro de 2020
Duração: 2H31min
Distribuidor: Warner Bros
Ano de produção 2020
Tipo de filme: longa-metragem
Idioma: Inglês
Nacionalidade: EUA
Gênero: Ação, Aventura, Fantasia

Sinopse

Mulher-Maravilha 1984 acompanha Diana Prince/Mulher-Maravilha (Gal Gadot) em 1984, durante a Guerra Fria, entrando em conflito com dois grande inimigos – o empresário de mídia Maxwell Lord (Pedro Pascal) e a amiga que virou inimiga Barbara Minerva/Cheetah (Kristen Wiig) – enquanto se reúne com seu interesse amoroso Steve Trevor (Chris Pine).

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