Hoje o texto é de outra querida, a Beta do Literatura de Mulherzinha
Simplesmente Amor
Eu gosto de cinema. Sou suspeita para falar de vários filmes. Comédias românticas, então… Sou praticamente um caso perdido. Ainda mais quando o Richard Curtis está no meio. Este homem é o roteirista responsável por Quatro Casamentos e um Funeral e, acima de tudo (pelo qual serei ETERNAMENTE GRATA a ele), Um lugar chamado Notting Hill (filme e trilha sonora perfeitos). Enfim, em 2003, chegou aos cinemas a estreia dele como diretor e roteirista de um filme. O resultado foi Love Actually, para nós, Simplesmente Amor (sim, vi no cinema, comprei a trilha sonora e tenho o DVD. Sou um caso perdido).
Pôster original do filme
Poster brasileiro
A ideia do filme nos remete a uma novela do Manoel Carlos – acompanhar a vida de vários personagens de diferentes núcleos que se intercruzam e de que forma serão afetados pelo amor, faltando semanas para o Natal. E a maior parte das tramas poderia muito bem render livrinhos da Harlequin.
* O primeiro-ministro recém-empossado que se apaixona por uma funcionária.
* O viúvo que tem que lidar com a dor da perda e com o primeiro amor do enteado.
* A esposa presa em um casamento frustante que desconfia que o marido a está traindo.
* A mulher dividida com a responsabilidade de cuidar do irmão doente e de si mesma, assumindo ou não a paixão por um colega de trabalho.
* O escritor que viajou para Provença para curar a dor da traição e se encanta por uma empregada, mas eles não falam a mesma língua. (Dica: essa trama é muito mais legal de se assistir na versão original do filme onde o escritor só fala Inglês e a empregada só fala Português kkk)
* O garoto que, cansado de ser rejeitado pelas inglesas, quer viajar para os Estados Unidos, onde as garotas são mais acessíveis.
* O casal que se conhece na mais íntima das situações: testando a iluminação para as cenas sensuais de um filme (é a trama “erótica” dentro do filme kkk).
* O imprevisível triângulo amoroso: um casal recém-casado e o melhor amigo do noivo.
* O cantor de rock decadente que quer voltar às paradas de sucesso com uma gravação tosca para o Natal (para quem não conhece Christmas is all around é uma versão de Love is all around , tema de Quatro Casamentos e um Funeral. Sim, piadinha do diretor…)
O mérito do filme é dar espaço para que todos brilhem. E oferece uma coletânea de cenas que despertam os mais variados sentimentos em quem assiste: os reencontros no aeroporto, que abrem o filme, para defender o ponto de vista de que o amor está, mesmo, em todos os lugares. Claro que nem tudo é maravilhas – teve quem enxergasse preconceito e esteriótipo no personagem Colin, o garoto que quer ir para os EUA porque lá a mulherada é “fácil e vai pra cama com qualquer um”. O famoso discurso do primeiro-ministro na análise da visita do presidente dos EUA causou aplausos por ser tudo aquilo que muitos britânicos queria que fosse dito na vida real. A dor da esposa ao descobrir evidências da traição e do marido ao lidar com a perda da mulher que amou. A agrura, agonia e esperança do primeiro amor. A tortura de acreditar em uma paixão platônica (e celebrar todo e qualquer pequeno momento de vitória). O desconforto de ver seu maior segredo descoberto – e ter certeza de que nada mudará. A coragem para correr atrás de quem se quer de verdade. E uma ideia linda para um casamento, para um pedido de casamento e outra melhor ainda para uma declaração de amor!
Foto dos atores mais conhecidos do elenco
E o mais legal, é que os personagens são interpreatados por atores e atrizes que a gente já conhece e alguns iniciantes: amo de paixão Colin Firth (o escritor), Hugh Grant (o primeiro-ministro), Emma Thompson (a esposa frustrada), Liam Neeson (o padastro viúvo), Keira Knightely (a recém-casada) e, claro, Rodrigo Santoro (a paixão platônica da colega de trabalho). Aliás, em uma entrevista, o Rodrigo Santoro contou que não acreditou quando entrou na sala para a reunião do elenco e viu todos reunidos. Para quem gosta, ainda tem o Alan Rickman (não adianta, na minha mente, ele é o Snape e eu não consigo gostar dele). Confesso que o dilema da personagem da Laura Linney (a colega de trabalho apaixonada pelo Rodrigo Santoro) me estressou – embora entenda a decisão dela. Entre os iniciantes, destaco o Thomas Sangster – o menino que perde a mãe e fica com o padastro. A história dele é um dos baitas momentos fofura do filme. E o ator dá conta. (Tanto que, mais recentemente, ele interpretou Paul McCartney no filme O garoto de Liverpool ). E prestem atenção em Andrew Lincoln (o melhor amigo do casal recém-casado). A cena em que finalmente se revela por quem ele é apaixonado é de uma intensidade fenomenal (e ainda com Dido na trilha sonora! Here with me me remete a um outro casal pelo qual torci, no seriado ER/Plantão Médico). E eu não conhecia o Bill Nighy que interpreta o roqueiro decadente Billy Mack, que é responsável por ótimas tiradas no filme. E prepare-se para rir com a eterna cara de “perdido na situação” do Hugh Grant (a cena ao som de Jump me faz gargalhar sempre que vejo e olha que eu sei o filme de cor)…
A propósito, se você tiver o DVD, recomendo, um dia, assistir com os comentários dos atores Bill Nighy, Hugh Grant e Thomas Sangster e do diretor Richard Curtis. A picuinha do Hugh Grant com o Colin Firth é incrível – ele chia em toda a cena que o outro aparece!
Pois bem, essa é minha dica. Sei que, nos Estados Unidos, a norma é ver A Felicidade não se compra , mas, como é Natal, devo dizer a verdade: prefiro acreditar, nem que seja por algumas horas, que o amor, sim, está em toda parte.
Trailer oficial
Bacci!!!
Beta
Literatura de Mulherzinha
Beta – Literatura de Mulherzinha @bluebeta
Não estou na onda de filme assim, mas vou deixar na lista pra assistir futuramente.
Eu já ouvi falaram muito desse filme, que é super emocionante e divertido. Mas acredita que eu nunca assisti? :S
Acho que vou ter que assisti qualquer dia.
beijos
Assim que tiver uma oportunidade o verei, 😉
Feliz Natal!!!
Meu Deus, esse é um dos meus filmes favoritos da vida toda! Choro, rio e me emociono toda vez que vejo. Esse filme me diz tanto que posso assistir as trocentas horas que ele tem todas as vezes, sem me cansar. É simplesmente lindo. E olha que, quando assisti pela primeira vez, nem era época de Natal. Bem lembrado, Beta. Acho que vou assistir hoje de novo!
Bacci, bella!