Olá!
Hoje eu vou falar um pouquinho de Retrato Mortal, o décimo sexto livro da Série Mortal, escrita pela nossa diva Nora Roberts sob o pseudônimo de J.D.Robb. Nesse livro, Eve Dallas se depara com mais um crime sombrio. Aqui, o que poderia ser um ensaio fotográfico comum e uma das muitas jovens tentando encontrar a fama em New York é na verdade um macabro encontro de fotos, profissionalmente tiradas, de uma mulher já morta. E Eve se vê em mais um caso complicado envolvendo um psicopata que leva a vida tentando captar a inocência e a virtude daqueles que ele matou. Com a ajuda de Peabody, McNabb e Feeney, ela procura solucionar o caso antes que o fotografo consiga drenar mais vidas nesse intuito bizarro. Além de sua tão estimada equipe, ela também conta com o policial Trueheart e Baxter, tamanho era o desafio ao tentar desvendar esses crimes. Enquanto o tempo passa, mais vítimas são feitas.
Para melhorar, Eve quase não consegue contar com a ajuda de seu marido, Roarke. Ele, que sempre se prontifica para ajuda-la a capturar os assassinos, está distante e lutando contra demônios do passado, mas não conta isso para sua amada. Por isso, sempre que a tenente tenta chegar mais perto de seu marido, ele a renega. O que não é normal na relação profunda que eles tem.
Eu sou uma fã apaixonada pela Série Mortal. Acho o enredo das histórias muito bem feito, nunca vejo nenhuma falha nas continuações e me encanto a cada livro novo que é publicado no Brasil. A série tem mais de 40 títulos publicados nos EUA, e somente 20 por aqui, mas ainda assim a paixão pela série não diminui. Os personagens são muito bem construídos, e eu adoro ter essa sensação de continuidade, de evolução nos relacionamentos dos personagens que mais aparecem na trama. E é por isso que Retrato Mortal é, de longe, o meu preferido da série até agora. Mesmo que as histórias sejam diferentes, e que os crimes consigam ser realisticamente criativos, existe uma fórmula básica na estrutura de todas as histórias. E eu adoro isso. Algumas pessoas reclamam, dizem que é sempre a mesma coisa: Eve tem um crime para solucionar, Roarke ajuda, ela se mete em confusão, no final eles prendem os bandidos. E é assim mesmo. Mas isso faz todo o sentido. Ela é uma policial, logo, ela sempre vai ter crimes para solucionar. Ela sempre vai estar se arriscando e no final, por ser competente como é, ela vai prender o bandido. E Roarke sempre vai se propor a ajudá-la. Além de a amar acima de tudo, ele é realmente muito bom em pesquisar e em ver as coisas pela ótica do criminoso, porque além de sua mente ser rápida e ele ser extremamente inteligente, seus dias no passado eram regados pela vida no crime. Quem reclama da dinâmica do livro não percebe que, na vida real, todo mundo segue um fórmula e que, por mais que se tente quebrar a rotina de vez em quando, ela sempre vai estar ali. Esperar que a Eve e o Roarke façam coisas completamente diferentes do que eles fazem a cada livro é igual esperar que uma professora de inglês tente ser arquiteta por um dia, ginasta no outro, engenheira no outro… Não faz sentido, né?
Os pontos altos desse livro, para mim, foram as dinâmicas criadas entre os personagens. À essa altura da série o leitor já está acostumado com as relações entre os personagens que Nora criou. Eve que sempre reclama de Summerset, Roarke que sempre consegue o que quer, Feeney que sempre apoia Eve, Peabody que adimira e acompanha Eve em suas perseguições, McNabb comilão e sempre sem vergonha… Mas nesse livro, quando colocados em uma situação fora do comum, nós percebemos a comunhão que eles tem, sabe? É quando eles precisam de apoio que nós percebemos que, acima de tudo, o amor reina naquela equipe. E isso não poderia ser diferente com Eve e Roarke. Quando Roarke se depara com fatos do seu passado com os quais ele não consegue lidar, ele automaticamente exclúi Eve de sua vida. Ele não quer envolve-la, ele não quer que ela perceba que ele está quebrado por dentro. A principio, sem estar preparada para esse tipo de reação do marido, com quem ela sempre teve uma relação de confiança e amor, Eve se sente mal e recua. Ela simplesmente não sabe agir com aquele Roarke machucado e vazio que a expulsou deliberadamente de sua vida, e sem aparente motivo. Mas é claro que isso não dura muito. Nesse livro vemos uma das raras vezes que Summerset se une a Eve com um propósito em comum. E, é claro, eles conseguem.
Uma lição muito importante que podemos tirar desse pequeno problema na relação de Eve e Roarke é como a confiança, e o compartilhar de informações são importantes em qualquer relação. Não dá para manter nenhum tipo de relação quando as duas partes não se doam da mesma maneira. É muito lindo ver como os dois buscam força um no outro para superar os problemas e encontrar a felicidade. Outro ponto forte do livro, é claro, é o criminoso e seus crimes. Chega a dar ansiedade o desenrolar das investigações. Toda vez que Eve chega mais perto do assassino alguma coisa acontece, e o coração fica acelerado. Sem contar que, para desvendar o caso, os policiais envolvidos quase acabam virando uma das fotos do autor do crime. É um livro maravilhoso de ler. Se você já é fã da série, vale a pena procurar por esse. Se ainda não é, não se intimide pelo número de livros e comece logo.
capa, ficha técnica e sinopse
RETRATO MORTAL
Portrait in Death
J.D. Robb
ISBN: 9788528614992
Editora: Bertrand
Número de páginas: 392
Encadernação: Brochura
Formato: 16 X 23cm
Ano Edição: 1/2011
sinopse
Eve Dallas vive no ano de 2059, mas nem por isso é uma detetive diferente das atuais: corajosa, destemida, inteligente e muito impaciente. Neste mais recente livro de J.D. Robb, Retrato Mortal, ela está à caça de um serial killer que assassina vítimas jovens e inocentes, as fotografa após a morte e, no fim, envia as poses para os jornais como se fossem modelos à procura de um emprego. A trama começa quando um corpo é encontrado num reciclador de lixo, e uma repórter, amiga da tenente Eve Dallas, repassa a informação à policial. Eve parte, então, no encalço de um criminoso que se propõe a oferecer às suas vítimas a eternidade arrancando-lhes a vida no auge da juventude. O assassino, supostamente um fotógrafo ou uma fotógrafa, observa, analisa e registra cuidadosamente cada movimento de seus modelos antes de capturá-los. Sua missão macabra é absorver a inocência, a beleza, a juventude e a vitalidade das vítimas, sugando-as para a câmera com o intuito de tirar um derradeiro e assustador… retrato mortal. Para dificultar ainda mais a tarefa de Eve Dallas, um inesperado obstáculo se colocará à sua frente: seu marido, Roarke, descobrirá terríveis fatos sobre o próprio passado. Assim, ela terá de dar assistência ao homem que ama, caminhando na corda bamba que liga a sua vida profissional à pessoal, e buscando justiça nos dois lados do seu mundo.
*Tivemos um problema com o agendamento de 25/11 , por isso só saiu hoje o post.
Eu tenho o livro mas ainda não li. Amo a série Mortal e estou tentando com custo completá-la. Vu esperar mais um pouco antes de fazer uma maratona gostasa de Roarke. Hum, Summerset e Eve unidos? Só quero ver no que vai dar.
Ainda não li nenhum dos livros dessa série mas todos falam tão bem que não vejo a hora de ler e conhecer mais sobre os personagens e sobre o enredo. Pela sua resenha, eu só posso ficar empolgada!
Larissa, adorei sua explicação para os chatos que dizem que todos os livros são a mesma coisa. Vou usá-la de agora em diante! 😉
Esse livro também é um dos meus preferidos! Chorei horrores! 😉
Bj.
Larissa adorei sua resenha; realmente este livro é adoráve e solidifica a relação de Eve com o Roarke. Bjs,