por Thaís Averaldo
Confira a resenha de Coração Ardente da autora Richelle Mead.
Quem me conhece sabe dos problemas que tenho com livros narrados em primeira pessoa. Sempre acabo me irritando por não saber o ponto de vista de alguém imparcial, sinto que os personagens não são devidamente desenvolvidos, se tornando superficiais e rasos. Richelle Mead é uma das poucas autoras que não penso na superficialidade dos personagens durante a leitura, não que ache que todos seus personagens são bem desenvolvidos – Dimitri está aí para provar que não – mas consigo superar os problemas com narração parcial por ela criar bons narradores e, no caso desse livro, pela primeira vez temos dois narradores o que nos dá uma perspectiva nova e mais profunda no decorrer da história.
Citei Dimitri como sendo um personagem raso e isso sempre foi o que me impedia de gostar do personagem, toda a perfeição do personagem e toda a adoração de Rose por ele para mim eram irritantes e isso me irritava profundamente durante a leitura. Já um personagem que sempre achei melhor desenvolvido foi Adrian Ivashkov, mesmo que Rose o visse como um nobre bêbado e desleixado na maior parte do tempo a preocupação da autora sempre foi desenvolver bem os usuários do Espírito e isso me dava a impressão que o interesse romântico de Rose sempre foi subestimado por toda a preocupação em desenvolver a história do elemento Espírito.
A meu ver Coração Ardente ganhou muito sendo narrado hora por Sydney e hora por Adrian, pois além de nos proporcionar, pela primeira vez, a real dimensão do que é ser um usuário de espírito e não pelo ponto de vista de uma personagem chata como Lissa. Nos três primeiros livros nós conhecemos um pouco mais sobre os Alquimistas do que foi apresentado em Vampire Academy, vemos como Sydney cresce ao se deparar com a verdade por trás da instituição a qual pertence.
Em Coração Ardente os casal protagonista tem que lidar com a ameaça constante de ter a irmã de Sydney, Zoe, em Palm Springs. Além de tudo isso Sydney precisa descobrir uma forma de selar a tatuagem dos Alquimistas para que futuros retoquem não volte a restabelecer a compulsão nos rebeldes da causa de Marcus, e assim proteger a si mesma do controle Alquimista.
O livro termina no melhor estilo Richelle de ser, com um acontecimento chocante que pode mudar tudo a partir do livro seguinte, vi muita gente comentando que era algo compatível a transformação de Dimitri em Shadow Kiss – sou péssima com os nomes dos livros de Vampire Academy aqui no Brasil! -, mas não achei que foi para tanto, pois foi algo que podemos prever no decorrer da leitura.
Agora é torcer para que Silver Shadows chegue logo por aqui.
Leia um trecho – aqui
Capa, ficha técnica, sinopse
Coração Ardente – Bloodlines 4
THE FIERY HEART – Bloodlines #4
Richelle Mead
ISBN: 9788565765442
Editora: Seguinte
Número de páginas: 416
Encadernação: Brochura
Formato: 16 X 23 cm
Ano edição: 2014
Tradução : Paulo Cabral
Sinopse
A alquimista Sydney Sage não é mais a mesma. Criada desde criança para desprezar os vampiros, ela acabou vencendo seus preconceitos em sua última missão. Aos poucos, a garota não só criou laços de amizade com esses seres como acabou se apaixonando por um deles – o irresistível Adrian Ivashkov – e, surpreendendo até a si mesma, decidiu levar o relacionamento proibido adiante, em segredo. Tudo se complica quando Zoe, sua irmã, se junta à missão. Apesar de querer resgatar a amizade entre elas, Sydney precisa guardar seu segredo enquanto tenta fazer com que a caçula perceba como as crenças alquimistas estão equivocadas.
Enquanto isso, Adrian sofre com os fortes efeitos do espírito – um elemento mágico que, ao mesmo tempo em que lhe confere poderes, como curar as pessoas, pode levá-lo à loucura, através de alucinações e mudanças de humor extremas. Sydney é seu maior incentivo para abrir mão desses poderes e buscar uma saúde mental equilibrada, mas Adrian nem consegue imaginar como seria vê-la machucada e não poder fazer nada. Neste quarto volume da série Bloodlines, ele precisa escolher entre sua sanidade e a capacidade de ajudar a todos – especialmente aqueles que ama.
Boa leitura
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