Por Gianpaolo Celli, do ALITERAÇÃO SERVIÇOS EDITORIAIS.
Esta semana fazia uma pesquisa no mercado editorial tanto internacional como nacional, dando uma olhada na posição de vários profissionais da área e comparando com algumas colocações minhas em textos anteriores, além de cruzar diversos pontos (porque a ideia de uma analise macrocósmica é exatamente verificar a ligação de pontos aparentemente distintos dentro de uma situação maior). Cheguei à consideração que efetivamente uma estratégia não só é necessária para publicar, mas também para efetivamente determinar uma carreira literária.
Daí inclusive nossa ideia de DIREÇÃO LITERÁRIA (para saber mais, entre em contato pelo nosso site oficial), um modo de ajudar o autor novato a considerar no que deve pensar ao idealizar um projeto de carreira do início ao fim. Sei que diversos autores vão colocar que “o escritor deve escrever para si mesmo”, coisa que acho um erro, pois se deve considerar questões como empatia do personagem com o leitor e escrever cenas pensando em deixar ganchos para que o leitor fique interessado pelo que virá a seguir, mas FALA SÉRIO!, você TEM SIM que pensar no LEITOR ao escrever.
Não confunda isso, contudo, com escrever algo que você não gosta só porque está na moda, porque FALA SÉRIO!, isso também é burrice!
Veja bem, creio que antes de sequer considerar começar a escrever, você deve considerar algumas perguntas. Por exemplo: o que as pessoas buscam quando escolhem um livro?
1 – Um autor. E neste caso você, sendo iniciante, não poderá fazer nada. Ao menos por enquanto.
2 – A recomendação de um amigo. Muito importante! O marketing boca a boca pode até ser feito por um novato, embora no caso também seja bem difícil.
3 – A combinação de capa, descrição e preço do livro. O problema aqui é que, para o iniciante, vender um projeto para uma editora, ele não conta nem com os aspectos ‘capa’ e ‘preço’ colocados acima.
4 – E finalmente, interesse por um assunto em particular. E este é o ponto!
Em relação a este último item, inclusive, tendo em vista que você ainda não tem nome no mercado, creio que ainda se deva fazer uma quinta consideração: por que as pessoas deveriam ler o SEU livro? O que este tem que todos os demais não tem? O que fará com que os leitores não só o busquem nas prateleiras das livrarias, como também que, após a leitura, o indiquem aos amigos?
Porque FALA SÉRIO! Não adianta uma cópia mal feita de O Senhor dos Anéis, Shelock Holmes, Guerra dos Tronos ou Harry Potter, ou mesmo uma colcha de retalhos destes ou de outros livros. Isso pode até fazer com que seu trabalho seja publicado, mas nunca que se torne um sucesso, independente do marketing colocado em cima dele. Sei que a colocação pode parecer dura e que você poderá colocar (como eu mesmo já fiz) que FALA SÉRIO!, é difícil atualmente criar algo total e completamente novo.
O ponto aqui é que cada individuo é a soma de seu genoma e experiências de vida. Considerando este ponto, portanto, tecnicamente nem irmãos gêmeos são ou pensam de modo semelhante, pois não são uma só, mas duas pessoas diferentes, e mesmo que tenham vivido na mesma casa com a mesma família, possuem vidas e gostos particulares.
Um livro, como obra de um autor em particular, deve, portanto, ser diferente de qualquer outro livro. A questão-chave então, é: como fazer isso? O que tem para colocar em sua história que ninguém mais tem? FALA SÉRIO! Você precisa de um assunto que gosta e que chame a atenção das pessoas, de personagens tridimensionais com os quais os leitores se identificarão, de uma história chamativa, de uma estruturação que deixe seu público entusiasmado e curioso para saber o que acontecerá no capítulo, na página seguinte e, por fim, escrever.
Complicado, não é?
Não querendo criticar, mas eu tô aqui rindo sozinha imaginando um novo livro da Thalita Rebouças: Fala Sério, Autor! rs…
Com certeza uma boa capa já chama minha atenção, ou pelo menos desperta o interesse. Título e sinopse vem logo atrás. Eu não me ligo muito no nome do autor, não que eu não tenha meus preferidos. Indicação de amigos também é uma ótima opção, ainda mais quando este amigo tem gosto parecido comigo.
Bjs, Rose.