Ciao!!!
Cuidado com os seus desejos, eles podem se realizar. Até os desenhos da Disney ensinam isso. E sempre orientam o cuidado porque a realização pode não ser como você está esperando.
Aí fica a segunda lição: aprenda a desejar direito.
Confira a resenha do livro Bela Redenção de Jamie McGuire – (Irmãos Maddox 2)
Personagens: Liis Lindy e Thomas Maddox
Liis queria um recomeço em San Diego. Vinda de Chicago, finalmente avançou mais um passo na carreira, importante para um dia chegar ao cargo que desejava no FBI. Para isso, deixou para trás um relacionamento agonizante, o que não foi fácil. Mas no porre de primeira noite na cidade nova, conheceu um estranho e, pela primeira vez, cedeu a tentação de ter uma aventura de uma noite só. E no dia seguinte, descobriu que o amante atencioso e intenso era o chefe! Thomas Maddox tinha mergulhado no trabalho para esquecer uma decepção, o que lhe rendera uma fama não muito agradável entre os colegas. No entanto, a chegada de Liis balançou todas as estruturas dele e nada mais seria como antes.
Comentários:
– Lembram que, no texto sobre Bela Distração, eu disse que tinha a esperança de gostar de pelo menos um Maddox? Então, com intuição escorpiana não se brinca. Adorei o Thomas. E não foi por causa do xará dele que é um dos meus amores declarados, confesso e tieteiros chiliquentos. Foi porque em Bela Redenção, Jamie McGuire soube transformar o tal temperamento passional dos Maddox em algo atrativo, não digno da solicitação de uma medida restritiva com internação para o respectivo dono do DNA da família de fios desencapados intensos e obsessivos. O livro é perfeito? Não. Tem alguns pontos na trama que me irritaram. Mas comparados com os antecessores, é disparado – na opinião de quem não se encantou pelo Travis – o melhor da série.
– Começando pelo ponto positivo: o menino Maddox da vez. Thomas é o mais velho dos rapazes (mais um pro grupo “primogênitos sempre se ferram”) e recebeu a missão mais dura da mãe no leito de morte – zelar pelos irmãos e pelo pai, para quem a perda dela seria mais dura. Injusto e um peso muito grande para um menino de 11 anos ter que manter a sanidade enquanto tudo e todos ao redor dele tiveram o direito de desmoronar e surtar. Não foi à toa que ele foi embora na primeira oportunidade, atrás de um sonho que também lhe seria negado (e pelo qual ele se sentia culpado). Ao contrário do irmão caçula insano e do Trent igualmente invasivo e obcecado, Thomas foi forçado a amadurecer. Não pense que ele não tem o DNA Maddox. Tem sim, quem sai aos seus, raramente degenera. No entanto, ele consegue deixar aquele balaio de características sem moderação na casinha, de onde só saem em oportunidades específicas e esporádicas.
– Quem leu Bela Distração, sabe que ele o papel que ele teve lá. E o que começou no livro anterior, é um dos fios condutores aqui. Ele arriscou se apaixonar e deu errado, muito errado, porque foi preterido – e ele também se sente culpado por isso. E ele se sente arrasado. Mergulhar no trabalho para ignorar a dor que não passava o tornou o mais arrogante, babaca e irritante dos chefes, temido pela equipe, mas por ser muito bom no que fazia, não tinha a competência questionada.
– Sou obrigada a concordar com a mãe dele que disse que o fardo de Thomas era injusto. A situação o fez criar e alimentar com convicção uma sensação de dívida com a família que ele não tinha. Afinal de contas, ele se doou integralmente aos irmãos e ao pai no momento de maior desespero deles. E nem adianta reclamar, porque ele faria tudo novamente. Só que partiu atrás do sonho de ser um agente do FBI e passava muito tempo longe de casa, sendo praticamente o Maddox ausente. Ele se sacrificou demais pelos outros. Não precisava de redenção. Mas nunca seria convencido disso. Ele tem certeza de que, por conta das escolhas que fez, traiu a confiança do pai e dos irmãos. E nunca conseguiria se livrar dessa culpa.
– Então Liis surgiu. É através dos olhos dela que vamos seguir a história (sim, narração em primeira pessoa), confesso que preferia que ele tivesse narrado, mas entendi a escolha – manter o padrão de vamos conhecer através das mulheres que fazem os rapazes Maddox descobrirem as agruras e as delícias do amor verdadeiro e eterno (ou da versão que alguns deles consideram amor). Liis e Thomas se encontram no bar e tem uma noite de paixão. No dia seguinte, a descoberta de que ela não só trabalharia com o estranho com quem virou a noite na cama, como ele seria o chefe dela e um chefe muito babaca. Como Liis é uma jovem forte, independente, que sabe que é ótima no que faz e muito teimosa, claro que os dois bateram de frente. Cada embate não disfarçava as faíscas dignas de queima de fogos em Copacabana entre eles. E se isso não bastasse, o comportamento de Thomas mudou do vinagre para água cristalina.
– No entanto, a partir da evolução, chega a um impasse. Liis, a que não está preparada para envolvimento romântico, percebe que está profundamente atraída pelo chefe, mas não quer se arriscar. Sem nunca ter amado antes, quer a certeza de que a página anterior da vida de Thomas não apenas foi virada, mas foi arrancada, picotada, queimada e com as cinzas jogadas ao vento. Só que ele ainda está no processo do desapego e, pela intensidade dos sentimentos dele, não é algo que acontece da noite para o dia. Ela quer que seja como um botão de liga/desliga. Ele também gostaria que fosse, mas, na verdade, ele estava confuso entre os sentimentos que estavam, que foram e que surgiram. Colocar ordem imediatamente era impossível.
– E a trama empaca neste ponto em vários momentos porque Liis não consegue entender o processo que Thomas está vivendo. Isso me irritou, porque uma pessoa adulta pelo menos tenta fazer um esforço para analisar o sentimento dos outros – a partir do momento em que há uma preocupação legítima com o outro em questão. Lá pelas tantas, já a estava achando uma egoísta que não queria assumir o que sentia por Thomas, porque era algo que não poderia etiquetar, controlar e ativar e desativar como bem entendesse e usava isso como desculpa, piorando a situação, ao invés de compreender, ouvir e ajudar. Tanto que mais para o meio do livro há uma mancada de Thomas que se torna compreensível porque consegui me colocar no lugar dele e entender a pressão que ele sentia. Liis, não.
– Aí na reta final, Liis conseguiu me fazer odiá-la ao virar uma “serial burra”. Olha, as decisões erradas dela em sequência foram para implodir a paciência de Jó. Se bobear, até a do Dalai Lama. Gente, há limite para gente tapada e a agente secreta esgotou o meu ao cometer o mais imbecil dos comportamentos – dar um chilique adolescente na pior hora possível. Ah, ninguém merece!
– O outro ponto que me irritou: adivinhem em torno de quem a história gira? Yes, se preparem para ter mais Travis e Abby na vida de vocês. Afinal de contas, os dois estão envolvidos na investigação barra-pesada que mobiliza a equipe de Thomas. Sim, o casamento às pressas é citado. O fatídico incêndio – cara, nem quando Nero tacou fogo em Roma rendeu tanto – não só é mencionado, como motiva uma atitude de Thomas que não é compreendida pelo Travis. E me desculpe quem gosta dele, se eu já não morria de amores antes, depois deste livro, a chance é inexistente. Em nenhum momento ele se colocou no lugar do irmão mais velho que se arriscou para protegê-lo, só pensou nele mesmo e naquilo que ele diz que é amor pela aquela criatura tão sem noção quanto ele. Ah vá catar coquinho pelado na Sibéria!
– Já que finalmente as minhas esperanças em ir com a cara de um Maddox foram atendidas, porque, sim, Thomas vale a pena, com todos os defeitos e qualidades (inclusive a beleza) dele, acho que posso arriscar e torcer por um livro onde o menino Maddox da vez seja razoavelmente normal e se apaixone por uma garota que não me estresse com tanta chatice e comportamento burro na hora mais crítica. E talvez que a autora entenda que os rapazes Maddox merecem vida e histórias próprias fora da sombra do caçula tarja preta. Ou então muda de vez o nome desta série e assume que spin off uma ova, ela é uma forma (mal) disfarçada de recontar e contar os desdobramentos de Belo Desastre/Desastre Iminente.
Aliás, falando nisso, segue a lista de livros da série Belo Desastre ( todos com resenha no Livrólogos)
- Belo Desastre – Beautiful Disaster (2011)
- Desastre Iminente – Walking Disaster (2013)
- Belo Casamento – Beautiful Wedding (2014)
E a série que a autora jura que fala sobre os irmãos, mas tudo gira em torno do Travis Irmãos Maddox.
- Beautiful Oblivion – Bela Distração – Cami Camlin e Trenton Maddox
- Beautiful Redemption – Bela Redenção – Liis Lindy e Thomas Maddox
- Beautiful Sacrifice – ainda não publicado no Brasil – Falyn Fairchild e Taylor Maddox
- Beautiful Burn – ainda não publicado no Brasil – Ellie Ellerson e Tyler Maddox
Capa, ficha técnica, sinopse
Bela Redenção
Irmãos Maddox 2
Beautiful Redemption
Jamie McGuire
ISBN: 9788576864417
Editora: Verus
Número de páginas: 308
Encadernação: Brochura
Formato: 16 X 23 cm
Ano Edição: 2015
Tradução: Claudia Mello Belhassof
Sinopse
Liis Lindy é uma agente do FBI decidida a se casar apenas com o trabalho. Ela adora sua mesa, está em um relacionamento sério com seu laptop e sonha em ser cumprimentada pelo diretor depois de solucionar um caso difícil.
O agente especial Thomas Maddox é arrogante e implacável, um dos melhores que o FBI tem a oferecer — e chefe de Liis.
Quando Liis e Thomas são encarregados de uma missão em que precisam fingir ser um casal, a atração entre eles chega ao limite — e os leva a questionar quanto realmente estavam fingindo.
Bela redenção é o segundo volume da série que narra a excitante, romântica e por vezes volátil jornada dos Maddox rumo ao amor. Chegou a hora de conhecer o mundo misterioso do esquivo Thomas e descobrir como a paixão pode ser intensa quando você não é a primeira, e sim a última. Além, é claro, de rever os outros irmãos da família Maddox.
Bacci!!!
Beta
Eu adoro essa série e tenho um carinho por todos os irmãos Maddox, o que já me ajuda, né?!
Adorei o primeiro livro dessa série e já imagino que vou me dar bem com esse livro também!
Que bom que conseguiu gostar do Thomas!! kkk
beijos
Camis