Olá!
Confira a resenha do livro O ciclista mascarado, do escritor e compositor Neil Peart. Publicado pela editora Belas-Letras. Recebi o livro pela parceria .
Quem acompanha o blog ou me conhece pessoalmente, sabe que amo Rock ‘n Roll. Por que estou falando isso? Simples. Neil Peart é um dos maiores e mais conhecidos bateristas do mundo. Ele é baterista da banda canadense Rush.
Ah, mas você não conhece o Rush? Então, vou te fazer uma pergunta: Você já ouviu falar do McGyver? Na década de 80, o seriado McGyver passava na TV e eles usavam nas chamadas, aqui no Brasil, uma música do Rush, a Tom Sawyer e assim ficou bem conhecida aqui, apesar de não ser a música oficial das chamadas ou da abertura.
E Tom Sawyer é um personagem dos livros de Mark Twain 😀
Neil Peart introduz o livro contando que as pessoas vão para a África Oriental pelos animais e à África Ocidental pelas pessoas. Ele foi para a Oriental e se encantou com a vida selvagem, o Serengeti e seus lagos com pássaros. Retornou um ano depois para a África ocidental para saber sobre o modus-vivendi das pessoas, sua cultura, suas crenças, sua magia…
“Andar de bicicleta é um bom modo de viajar em qualquer lugar, mas principalmente na África, onde você se torna independente e móvel, e assim viaja na velocidade das pessoas – rápido o bastante para se deslocar até a próxima cidade nas horas mais frescas da manhã, mas devagar o suficiente para conhecer as pessoas…. As boas vindas incondicionais dos viajantes cansados são parte do charme, mas também são algo essencialmente africano: os vilarejos e mercados, o modo como as pessoas vivem e trabalham, a aceitação alegre da adversidade … e sua rica cultura: a música, a magia, as esculturas – as máscaras da África.”
Neil parte para uma longa e desafiadora viagem, num ambiente estranho de condições rudimentares de sobrevivência e clima fustigante. Não seria fácil vencer as barreiras, mas o esforço valeria a pena.
“A melhor parte da viagem de aventura, na minha opinião, é ficar pensando nela. Um motivo para encarar a jornada é vivenciar o mistério de lugares desconhecidos.”
O livro se compõe de três partes: a primeira Homem branco, para onde você está indo?
No início da jornada, ele se junta a David, nativo de Camarões e líder da excursão, Leonard, um ciclista dos EEUU,de “temperamento sereno”, Annie, “de bom coração” e Elza a integrante mais velha da equipe.
O grupo passa pelos vilarejos de costumes próprios, diferentes uns dos outros, cujos modus-vivendi era determinado pelas influências “colonial ou mesmo assistencialista.”
Acompanhamos o protagonista na descrição das pessoas e os contrastes culturais, das estradas fustigantes de terra batida, das paisagens, e até dos sentimentos particulares dos excursionistas diante das surpresas no meio do caminho.
Na segunda parte , em Epifanias e Apostasias, é o momento em que o grupo de ciclistas percebe a questão da religião. Ali o povo é influenciado pela cultura cristã. Os missionários, vistos como pessoas que deveriam trazer ajuda real aos necessitados, ao chegarem constroem igrejas. Eles precisam, na verdade é de água potável e alimento. Não só a África mas os países de terceiro mundo carecem de água limpa. Primeiro deveria ser salvar vidas, depois a alma.
“Mas os missionários não chegam a um vilarejo e cavam um poço; eles chegam e constroem uma igreja.” Sua missão é espalhar a palavra de Deus.” Não alfabetizam.
Na terceira parte em “ Homem branco, o que você está fazendo?”, os ciclistas passam por privações de água, alimento, energia elétrica e local de repouso. Eram chamados de “Homem branco”.
Tiveram problemas com policiais, principalmente os brancos estrangeiros. Mais ao norte, enfrentaram o problema do suborno (prática comum do lugar)atrasando viagens e atrapalhando a vida de muita gente.
“Às vezes, eu até mesmo vi nosso motorista pegando algumas cédulas antes de sair de seu banco. O suborno era rotina para os motoristas de ônibus e de táxi na África. Era pagar ou ficar.”
O livro nos dá uma aula de geografia e história sob duas rodas, acerca da cultura rica de influências, ao lado da coexistência de religiões em meio aos rituais do povo africano.
Um livro incrível, escrito por um compositor e baterista sensacional e bem culto!
Capa muito legal, diagramação agradável à leitura. Recomendo
CAPA, FICHA TÉCNICA, SINOPSE
O ciclista mascarado
The Masked Rider
Neil Peart
ISBN:9788581741659
Editora: Belas-Letras
Número de páginas: 336
Encadernação: Brochura
Formato: 16 X 23 cm
Ano Edição: 2016
Tradução: Candice Soldatelli
SINOPSE
Pedale com o roqueiro Neil Peart em uma extraordinária jornada de bicicleta por estradas de chão batido, encontros com milícias armadas e crises estomacais na África Ocidental dos anos 1990. Graças a esse meio de transporte – rápido para ir de uma cidade a outra em apenas uma manhã e lento o bastante para perceber a alegria das pessoas humildes pelo caminho – a longa jornada proporciona surpresas, choques culturais, momentos de fome, sede e conflitos internos. Este é o livro de estreia de Neil Peart, compositor do Rush, a lendária banda de rock canadense, publicado originalmente em 1996 e só agora traduzido no Brasil. O clássico indispensável para quem está disposto a viver, como o ciclista mascarado, uma emocionante e desafiadora aventura sobre duas rodas.
Boa leitura
See ya!
Rosana Gutierrez
Compre o livro na
Olá!
Eu não conhecia o livro e nem o autor. Mas a história me pareceu bem interessante e elaborada. Ter sido separado por partes mostra como o autor é organizado e articulado. Ainda não sei se leria o livro, mas quem sabe para frente surja a oportunidade.
Beijinhos!
Olá,
Eu não conhecia o livro, mas achei a premissa bem interessante, a capa está linda e eu fiquei curiosa para conhecer melhor o livro. Adorei a sua resenha. =)
Beijos
Olá
não conhecia o livro, mas parece ser bem interessante, gostei da sua resenha e tem uma pegada bem legal o livro e super adorei a capa
Beijos
Oi Rosana, seu blog é muito lindo!
Eu não conhecia o livro, mas achei muito interessante, gosto de livros nesse estilo meio que um diário de viagem, que o autor conta experiências sobre o lugar que visitou. Eu conheço a música da banda, muito boa também.
Se eu tiver a chance, lerei, com certeza.
Que capa linda <3
É a primeira resenha que leio desse livro e achei a premissa interessante! Não sou lá tao aventureira ao ponto de embarcar numa viajem dessas, mas achei interessante o autor de descrito tudo tão bem ao ponto de nos levar sobre os pedais tbm. Dica super anotada.
Raíssa Nantes
Acho incrível livros que contém vários detalhes e acabam envolvendo o leitor, pelo jeito você gostou muito desse livro. Vou anotar sua dica. Adoro quando também o livro faz os leitores refletirem com os acontecimentos dos personagens, esse livro vai me agradar bastante.
Eu ainda não conhecia o livro mas até que achei interessante o enredo. A capa eu não gostei muito mas não se deve julgar um livro pela capa, acho que a leitura pode ser agradável
Olá! Já li algumas resenhas desse livro.
O livro parece muito bom mesmo, gosto de livros ricos em detalhes.<3
bjs
Oi,
Não conhecia o livro, mas fiquei interessada. Imagino como deve ser uma história rica em detalhes, ainda conhecer a cultura dos lugares. Eu amo ler uma história que nos mostra ensinamentos, terminamos a leitura profundamente apaixonada.
Parabéns pela resenha
Beijos
Oi…minha nossa! Que livro é esse? Olha…pela capa eu não diria o conteúdo jamais!
Acho faz tempo que não vejo algo tão legal envolvendo banda de rock. Além de ser diferente, e como você falou, uma aula de geografia e história!
Parabéns pela resenha!
Bjs
Oiii Rosana, como vai?
Que livro incrível que tu trouxe hoje para a resenha <3 fazia tempo qe não lia coisas que envolviam bandas e rock, sério, nem me lembro. Mas, diante da sua resenha só despertou meu interesse e anote a dica.
Beijinhos