Venom: nem herói, nem vilão.
Sim! Tem o logotipo do Marvel na abertura. Sim, o protagonista é um personagem tirado das histórias do Homem-Aranha e que já tinha aparecido na trilogia do herói protagonizada por Tobey Maguire, mas não! Não se trata de um filme de heróis. Talvez um filme de vilões ou anti-heróis, como os esquecíveis Esquadrão Suicida e Mulher-gato, ou como o promissor filme do Coringa? Tampouco. Na verdade, Venom está mais para um suspense de ficção científica.
Intrépido e inconsequente, o talentoso repórter Eddie Brock está crescendo rápido na carreira e seu noivado vai bem; entretanto, a ambição fala mais alto quando, vasculhando arquivos confidenciais do trabalho de sua noiva, descobre coisas suspeitas sobre uma empresa de boa reputação. Porém, a falta de provas o leva à demissão, e à perda de sua garota (também demitida). Em completa decadência pessoal, ele decide continuar investigando, até descobrir que a empresa mantinha parasitas alienígenas em cativeiro e que humanos vinham sendo testados como hospedeiros. Por ironia do destino, ele entra acidentalmente em contato com um dos parasitas, estabelecendo uma relação simbiótica perfeita entre ambos. Nasce assim Venom, que nessa versão não é exatamente um vilão; apenas um ser de outro planeta que não se importa de comer outras espécies – nada de tão anormal, vamos combinar. O próprio Eddie, depois do susto inicial, passar a aceitar bem a convivência com seu “hóspede”, fato que gera diálogos pairando entre o cômico e o absurdo.
A questão da vilania é com certeza a principal diferença entre esse Venom e aquele mostrado em Homem-Aranha 3. Enquanto nesse filme, a relação simbiótica se estende à moral do personagem principal, criando um monstro simpático que dá até conselhos amorosos ao seu hospedeiro, na primeira versão para cinema, Venom despertava o pior de cada pessoa, transformando o bonzinho Peter Parker em um jovem delinquente e, posteriormente, o mau-caráter Eddie em uma fera perigosíssima.
Outro ponto a ser destacado é a relação Marvel-Sony. Depois de muita especulação, o Homem-Aranha não apareceu no filme e aparentemente Venom não irá se juntar ao Universo Cinematográfico Marvel, mantendo assim o acordo inicial entre as duas produtoras. Falando em produção, aliás, os toques de terror, anormalidade e humor do filme possivelmente se devem ao diretor Ruben Fleischer, que estreou num longa-metragem à frente do terror-cômico Zumbilândia. Sobre o elenco, Tom Hardy fez com muita competência o papel de Eddie Brock, a mesma que já havia demonstrado como o vilão Bane, em Cavaleiro das Trevas Ressurge, fechamento da trilogia do Batman que tem outra relação com o elenco de Venom: Michelle Williams, que interpreta a noiva de Eddie, foi parceira de cena e esposa de Heath Ledger, já falecido e célebre por sua interpretação como Coringa.
Por fim, pode-se dizer que Venom reuniu as pessoas certas no lugar certo. Um suspense de ficção com toques de comédia, apresentando de maneira diferente um personagem carismático, mas que não é, definitivamente, um filme de super-heróis.
Direção: Ruben Fleischer
Elenco: Tom Hardy, Michelle Williams, Riz Ahmed
Sinopse
San Francisco, Estados Unidos. Eddie Brock (Tom Hardy) é um jornalista investigativo, que tem um quadro próprio em uma emissora local. Um dia, ele é escalado para entrevistar Carlton Drake (Riz Ahmed), o criador da Fundação Vida, que tem investido bastante em missões espaciais de forma a encontrar possíveis usos medicinais para a humanidade. Após acessar um documento sigiloso enviado à sua namorada, a advogada Anne Weying (Michelle Williams), Brock descobre que Drake tem feito experimentos científicos em humanos. Ele resolve denunciar esta situação durante a entrevista, o que faz com que seja demitido. Seis meses depois, o ainda desempregado Brock é procurado pela dra. Dora Skirth (Jenny Slate) com uma denúncia: Drake estaria usando simbiontes alienígenas em testes com humanos, muitos deles mortos como cobaias.
Oi, Diego.
Fui ver esse filme na semana passada e gostei muito da produção.
O filme tem ótimas atuações e me diverti com o tom de comédia que deram.
Nem acreditei que um dia eu pudesse achar o Venom cativante e praticamente um herói!! Rs…
beijos
Camis