Especial Natal 2013 – por Beta


Olá!

O texto de hoje é da Beta, do Literatura de Mulherzinha. É sobre o filme O amor não tira férias, amo demais esse filme tb! Confiram

Quem não quer amor de Natal?

Amor nao tira ferias

Pôsteres do filme – imagens do site Filmow 

 

“Descobri que quase tudo que já foi escrito sobre o amor é verdade. Shakespeare disse: ‘As viagens acabam em encontros de amantes’. Ah, que pensamento extraordinário. Pessoalmente não experimentei nada vagamente parecido, mas creio que Shakespeare experimentou. Acho que penso em amor mais do que deveria. Sempre me surpreende seu poder de alterar e definir nossas vidas.”

(trecho do prólogo narrado por Iris que apresenta os personagens da história)

 

Quando a Rosana me convidou para escrever mais uma vez para o Especial de Natal do Livrólogos, brinquei com ela “prometo que não será sobre Simplesmente Amor!” (que foi meu tema em 2011  e em 2012  tamanha minha paixão sobre o filme). Então me voltei para outra comédia romântica, que se passa nesta época e está entre as minhas xodós: O amor não tira férias (The Holiday, 2006).

 

“Diz a lenda que quando o Santa Ana sopra, tudo pode acontecer” (Miles)


Eu sou maluca pra fazer um post pro Literatura de Mulherzinha sobre filmes que deveriam ser livros – seja da Harlequin ou mesmo lançados em livrarias com DNA de romance de banca. E com certeza “O amor não tira férias” estaria nesta lista – na categoria, duetos. Porque a gente acompanha a jornada de duas mulheres que nunca se viram e se conheceram enquanto tentavam superar desilusões amorosas. Amanda (Cameron Diaz) é a dona de uma empresa que faz trailers para cinema, mora em Los Angeles, totalmente controladora, workaholic, incapaz de chorar e despachou o namorado de casa ao descobrir que ele a traiu com a recepcionista de 24 anos. Iris (Kate Winslet) é uma jornalista responsável pela coluna social do Daily Telegraph, mora um chalé em Surrey e sofre por um amor não correspondido por um colega de trabalho que, na festa de fim de ano, anunciou o noivado com outra garota da empresa. Quando Amanda está procurando por uma forma de se afastar de tudo, encontra um site no Google sobre “viagens baratas”, decide ir para a Inglaterra e, assim, ela e Iris se encontram, via chat na internet, e combinam de trocar de casas por duas semanas. A condição de Amanda era não ter homens por perto e a de Iris, ir para bem longe.

 

“Estou tentando dizer que compreendo como é se sentir pequeno e insignificante como ser humano. Como isso dói em lugares que nem sabíamos existir lá dentro. E não importa seus novos cortes de cabelo, suas novas academias, nem os copos de Chardonnay que beba com as amigas, quando se deitar, continuará relembrando cada detalhe e se perguntando o que fez de errado ou por que não percebeu. E como pode, por aquele breve momento, achar que era feliz?”(Iris)

 

Atendendo a todo o repertório de comédias românticas, acompanhamos as reações de ambas ao encontrar o ambiente uma da outra. Enquanto Iris se deslumbra com tudo (a cena dela comemorando cada cômodo da maravilhosa casa da Amanda é muito divertida – e eu teria feito a mesma coisa quando chegasse no quarto), Amanda estranha a neve, a falta de espaço, o jeito rústico do local. E nestas descobertas, o destino se encarrega de levar à porta de ambas Miles, Arthur e Graham. Miles (Jack Black) é compositor de trilhas sonoras para filmes, amigo do ex da Amanda, que foi buscar as coisas que ele deixou para trás. Na época em que conhece Iris, ele está em um relacionamento com Maggie, mas, logo, logo, entrará para o time de corações partidos da história. Arthur Abbott (Eli Wallach) é um roteirista dos velhos tempos de Hollywood. Iris o encontra perdido na rua e o ajuda a voltar para casa. Nasce uma interessante amizade onde ele ensina a ela muito sobre si mesma usando metáforas cinematográficas. Já Graham (Jude Law) é o irmão mais velho de Iris, que fica na casa dela quando sai para se divertir e beber no bar. Em uma dessas noites, sem saber que a irmã não estava, bateu na porta da casa e se supreendeu ao encontrar Amanda, que estava vivendo momento de autopiedade e vontade de desistir da troca e voltar para casa. Ele meio bêbado, ela um pouco alta. Ambos lindos, começam a testar como seria se beijarem e nem preciso dizer onde eles terminam a noite, né?

 

“- Porque sempre escolho a garota errada?

– Não sabia que era errada.

– Sabia que não era a certa. Vou reformular: por que me sinto atraída pela pessoa que sei que não é a certa?

– Eu sei a resposta. Porque espera estar errado. Quando ela erra, você ignora. Quando ela acerta, ganha a sua afeição e você perde os motivos que tinha de que ela não era para você.”

(momento desabafo entre Miles e Iris)

 

O filme faz o contraponto do que acontece com Amanda no ambiente de Iris e com Iris no ambiente de Amanda. É divertido como as duas, com personalidades tão distintas, no fundo só queriam encontrar alguém que as amassem tanto quanto elas poderiam e seriam capazes de amá-los de volta. Não é dizer que a felicidade de toda mulher depende disso, mas no caso delas, essa busca (consciente ou não) pelo amor serviu para que elas descobrissem mais sobre si mesmas e superassem aqueles fantasmas de Natais passados que as impediam de serem felizes. E como o combo Natal-Ano Novo é aquele período em que todo mundo faz balanço da própria vida, faz promessas e fica mais sentimental, nada melhor que o Natal para trazer às protagonistas o encerramento da jornada. No Natal quente de Los Angeles Iris passa a ser dona do próprio destino. E em meio à neve e a um cenário de Natal de propaganda, Amanda faz as pazes com o próprio passado e passa a não ter medo de sentir.

 

“Amanda Woods, bem vinda de volta!” (voz de trailer)

 

 

Site da imagem http://www.imdb.com/title/tt0457939/

 

Eu tenho o DVD e, não resisto a ver, toda vez que passa na tv por assinatura. Gosto de todas as cenas envolvendo Arthur, que se torna o ponto de aproximação entre Miles e Iris. Adoro Jack Black fazendo graça com as trilhas sonoras de filme (apresentei programa sobre isso na rádio por anos, então, é um prazer pessoal. Por isso, a cena da locadora me faça rir tanto, porque já fiz coisa parecida nas locadoras, Saraivas e Lojas Americanas da vida). Eu gosto da Cameron Diaz – como ela consegue ser tão linda, divertida e atrapalhada sem me causar inveja perpétua? (aliás, ela usa um casaco maravilhoso – pra quem viu, é o que usa na cena em que corre na estradinha de neve de volta à casa da Iris. Adoro casacos e esse é muito lindo) – e as cenas em que ela pensava sobre a própria vida como se fosse um trailer, inclusive com a “voz de trailer” são impagáveis.

 

“Você parece minha Barbie!” (Olivia)

 

 Link da imagem

 

 

Todo mundo sabe como sou apaixonada pelo sotaque britânico (por muito tempo, achei que o Robert Downey Jr. fosse inglês por causa da perfeição da atuação dele em Chaplin), então, o fato do filme ter uma parte na Inglaterra me fez gostar dele ainda mais. Li em algum lugar que a Kate Winslet escolheu esse filme porque queria fazer algo mais leve e divertido (e a cena da confusão com as chamadas ao telefone é ótima). Por mim, ela pode fazer o que quiser. Ela é uma excelente atriz, conseguiu fazer com que Titanic se tornasse algo positivo na carreira (porque um filme desses pode jogar alguém para o alto ou para o fundo). E o Jude Law (minha imaginação para o Dr. MacAllister Booke, meu fetiche noraholic ), com aquele ar de galã vintage (toda vez que vejo algo com ele fico pensando o quanto a Hollywood das décadas de 40 e 50 adoraria tê-lo), transforma Graham na criatura deliciosamente confusa e apaixonante. Editor de livros (!), com direito a roupas conservadoras e elegantes (!!), óculos (!!!), chorão (!!!!), o fato de sempre estar com cores (muito azul) que destacam os olhos dele (!!!!!!!!!!!!!), sorriso (!!!!!!!!!),  aquela cena do beijo (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!) e o sotaque (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!³)… Ah, o sotaque britânico. Seria capaz de implorar pra ele ler o tomo único de O Senhor dos Anéis só para meu prazer pessoal (nem queiram imaginar o tamanho do livro que eu daria ao Tom Hiddleston se eu conseguisse que ele lesse para mim – será que existe tomo único de toda a série Game of Thrones?).

 

“Eu costuro e tenho uma vaca no jardim. Não é difícil se identificar com isso?” (Graham)

 

Site original

 

Qual mulher não ficaria feliz se um homem assim batesse à sua porta? (Provavelmente uma minoria, formada por aquelas que acham normal alguém casar com o Richard Gere e o trair – sim, detesto o filme onde isso aconteceu). Voltando ao Jude Law, se ele quiser bater à minha porta trazendo o melhor amigo http://cdn.buzznet.com/assets/users16/amoon/default/ewan-mcgregor-jude-law–large-msg-118826520566.jpg, pode ficar à vontade!!! É Natal, não custa sonhar, né?

 

“I have another scenario for you – I’m in love with you. I apologize for the blunt delivery, but as problematic as this fact may be, I’m in love… with YOU. I’m not feeling this because you’re leaving, and not because it feels good to feel this way… which, by the way, it does, or did before you went off like that. I can’t figure out the mathematics of this, I just know I love you. I can’t believe how many times I’m saying it! And I never thought I’d feel this way again, so that’s pretty phenomenal. And I realize that I come as a package deal: 3 for the price of 1. I know my package, perhaps in the light of day, isn’t all that wonderful, but I finally know what I want and that, in itself, is a miracle. And what I want is YOU.(Graham, esse trecho tive que colocar em Inglês porque quando leio, lembro dele falando e… suspiros)

 

E nestes links estão o trailer http://www.youtube.com/watch?v=aoOXQcH0-A4, algumas cenas de Graham e Amanda http://www.youtube.com/watch?v=b3URpJ6LA1g e da Iris e do Miles

Iris and Miles http://www.youtube.com/watch?v=TdmJg1jeGzc. E no Cinética tem uma análise muito interessante sobre o filme http://www.revistacinetica.com.br/theholiday.htm.

 

Iris, nos filmes, temos as atrizes principais e temos a melhor amiga. Posso afirmar que você é uma atriz principal. Mas, por alguma razão, está agindo como a melhor amiga.(Arthur, genial)

 

Bacci!!!

 

Beta

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Amanhã o texto é da Cinthia!

 

 

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2 Comments

  1. 30/12/2013

    Acredita que nunca vi esse filme? Adoro filmes românticos leves no natal. Eu gosto da Cameron e da Kate como atrizes. Ah, o que falar do Jude Law. Ano que vem vou ter que ver esse filme na época do natal!

  2. Vanilda Procopio
    30/12/2013

    Não vi o filme e na verdade ainda não tinha parado para prestar atenção a ele, mas gostei muito da sua indicação e da forma como você “defendeu” a história. Vou procurar pra ver porque acho que tem épocas que não há nada melhor do que ver uma boa comédia romântica.

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