Uma Prova de Amor – Emily Giffin


Uma das coisas que eu mais gosto nos livros da Emily é a como ela aborda assuntos não muito fáceis de se lidar com extrema sensibilidade. Os personagens sempre são daqueles com os quais você se identifica ou identifica alguém que conhce nele, e isso traz o leitor para mais perto da história. Uma Prova de Amor se tornou meu segundo livro favorito da autora assim que comecei a ler, e isso porque eu não consigo me desapegar de Presentes da Vida (Darcy <3 Ethan 4ever hahaha).

Nessa história, conhecemos Cláudia Parr, uma editora de Nova York muito bem sucedida. Uma das coisas que Cláudia sempre soube era que nunca iria ter filhos. Não queria e não se via como mãe. Por isso, nenhum dos seus relacionamentos foi muito duradouro: seus companheiros queriam ter uma família no futuro, e uma vez que ela não queria, não havia motivo para permanecerem juntos por tanto tempo. Só que, um dia, Cláudia encontra Ben. Decidida a não se deixar envolver por uma pessoa sem que ela saiba de sua opinião sobre filhos, ela já avisa seu ponto de vista para Ben no primeiro encontro. E, para sua surpresa, Ben também não deseja ter filhos. Foi o início perfeito para uma relação que se mostrou inacreditavelmente certa. Eles eram almas gêmeas, se compreendiam como ninguém mais.

Assim, o próximo passo dos dois foi o casamento. E a vida deles não poderia ser mais perfeita. Viagens, passeios só os dois, nenhuma preocupação com filhos. Só que isso muda quando um casal de amigos decide ter um bebê. Justo a sua amiga que nunca quis ter filhos decidiu mudar de ideias, e agora Cláudia se sente um pouco traída. E Ben se mostra fascinado. Tão fascinado a ponto de mudar de opinião e decidir que também quer ter um filho. Só que Cláudia já tinha deixado bem claro que nunca iria querer filhos. Nunca. Assim, ela deixa Ben com uma escolha: ou ela ou um bebê. Mas talvez essa não tenha sido sua decisão mais inteligente.

Cláudia é uma personagem de personalidade forte. Sempre soube correr atrás do que queria, então podia se dar ao luxo de ter as convicções que quisesse. Era bem sucedida no trabalho, sempre fora sincera sobre as coisas que desejava ou não e, sinceramente, eu compreendo o seu lado de se manter firme, pelo menos de início, na sua convicção de não querer ser mãe, mesmo quando o amor de sua vida a faz tentar mudar de ideia. Pra começar, ser mãe é um trabalho pra vida toda, que exige dedicação, respeito e amor. Amor incondicional. É saber que vai ter que abrir mão de muita coisa em prol do seu filho. Se ela não estava disposta a isso, um direito dela, não vejo porque ela deveria mudar de opinião. Se tem uma coisa que aprendi na vida é que casamentos podem acabar com muita facilidade. A relação entre pais e filhos já e bem diferente.

Depois, o fato de Ben mudar de ideia e querer que ela mudasse também é uma pequena traição. Imagine: você entra num relacionamento com a pessoa porque ela te diz que não é ciumenta, e você mal pode imaginar estar com uma pessoa ciumenta porque já passou por experiências traumáticas com isso. Tudo lindo até que um dia seu companheiro decide criar uma cena por causa do cara na livraria que ficou olhando para suas pernas por causa da saia curta, ou qualquer outra cena de ciúmes. Não seria frustrante e até mesmo algo que magoaria alguém? O voltar atrás na decisão de não ser pai de Ben foi uma pequena traição, sim. Não que ele não tenha direito de mudar de ideias, porque todo mundo tem. O que não foi certo foi ele exigir que Cláudia mudasse todos os planos e convicções de uma vida só porque ele mudou de ideia.

A melhor parte da narrativa é ver como os dois se sentiam miseráveis um sem o outro. Malvada, eu sei, mas é bom ver quando dois cabeças dura sofrem por estar separados pela própria teimosia. Como o título do livro mostra, um deles tem que ceder se quiser ficar junto do outro. E, olha, eles se amam muito mesmo. O desfecho da história foi muito bom, de uma maneira que eu nem esperava. Emily tem mesmo o dom de escrever as histórias e terminá-las de uma maneira satisfatória em todos os sentidos. É uma daquelas histórias que sempre fic guardada na cabeça, como um exemplo de como com amor você consegue sair de situações complicadas. O livro é lindo, a capa é LINDA DEMAIS, e o livro vale muito a pena.

capa, ficha técnica, sinopse

Uma prova de amor

Emily Giffin
ISBN: : 9788581630212
Editora: Novo Conceito
Número de páginas: 432
Encadernação: Brochura
Formato: 16 X 23 cm
Ano Edição: 2013

sinopse

Primeiro vem o amor, depois vem o casamento e depois… os filhos. Não é assim?

Não para Claudia Parr. A bem-sucedida editora de Nova York não pretende ser mãe, e até desistiu de encontrar alguém que aceite esta sua escolha, mas, então, ela conhece Ben.
O amor dos dois parece ideal. Ben é o marido perfeito: amoroso, companheiro e — assim como Claudia — também não quer crianças. No entanto, o inesperado acontece: um dos dois muda de ideia a respeito dos filhos. E, agora, o que será do casamento dos sonhos?
Uma Prova de Amor é um livro divertido e honesto sobre o que acontece ao casal perfeito quando, de repente, os compromissos assumidos já não servem mais. Contudo, é também uma história sobre como as coisas mudam, sobre o que é mais importante, sobre decisões e, especialmente, sobre até onde se pode ir por amor.

Boa leitura

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2 Comments

  1. 30/12/2013

    Eu tenho alguns livros da Emily, mas não tenho esse e não li nenhum dela. Achei o enredo do livro interessante, porque acho que ter um filho é uma decisão muito importante (e que nem todos levam em conta quando fazem e as crianças sofrem). Fiquei curiosa para saber como se resolve a história da Claudia.

  2. Vanilda Procopio
    27/12/2013

    E eu que ainda não li nada da Emily Giffin? Tenho alguns livros dela mas ainda não li nenhum deles. Gostei tanto da sua resenha que acho que vou reparar esse erro porque Uma Prova de Amor parece ser uma história tão boa de ler, com personagens bacanas, apesar de cabeças duras, como você disse.

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