Olá
A resenha de hoje é do livro O menino dos fantoches de Varsóvia, de Eva Weaver.
História que retrata os horrores da Segunda Guerra Mundial ao mesmo tempo que captura uma história de amizade quase impossível e sua trajetória através de gerações.
Mikhail (Mika) é um garoto judeu que mora em Varsóvia com a mãe e o avô , professor de Matemática na Universidade local.
Em setembro de 1939 começam os bombardeios e com eles o fim da liberdade para sua pequena família.
No ano seguinte, quatrocentos mil judeus foram desalojados de suas casas e enviados ao Gueto (pequena área da cidade).
“A palavra gueto era um tabu, mas os sussurros corriam por toda a nossa vizinhança, e nós sabíamos que aquilo era uma imensa prisão.”
Seu avô é baleado e Mika ficou com o pesado casaco. Era um casaco especial com muitos bolsos, caso precisasse fugir de Varsóvia(ali continha seus pertences mais preciosos).
Mika entrou num quarto escuro onde seu avô passava a maior parte dos dias. Descobriu que era uma oficina de criação de fantoches. Surpreendido pela prima Ellie mostrou a ela a coleção. Juntos, tiveram a ideia de usá-los em apresentações, levando um pouco de alegria aos desesperançados, como eles.
As crianças, os fracos e os doentes definhavam a olhos vistos; havia cheiro de medo e morte em cada esquina.
Por um show Mika cobrava meio pão de centeio, isso, quando dispunham dessa iguaria.
Um dia, ele caminhava com a trupe de fantoches no casaco e foi surpreendido por soldados alemães abordando uma senhora, ele interveio com um boneco(o médico) e isso atraiu um militar que,gostando dos fantoches, o convocou a apresentar num quartel para distrair os militares.
Uma vez por semana, o soldado Max vinha buscá-lo para fazer a apresentação. O salário era meio pão de centeio.
Sentia-se enjoado com o cheiro de fumaça, álcool e suor do cabaré. Um dia o soldado,num gesto amistoso, colocou aspirinas no pão que ele levava para casa.
A enfermeira chefe de um hospital infantil que Mika visitava lhe pede para realizar uma missão muito difícil: transportar em seu casaco uma criancinha de dois anos para ser doada no lado ariano
“Aquela mulher pedia para mim algo difícil demais: esconder um ser que vivia e respirava, sob meu casaco enquanto eu marchava com um soldado alemão até o covil do diabo?”
Ele conseguiu e aconteceu outras vezes.
A guerra continuava e o gueto começou a se esvaziar com as deportações para o campo de concentração.
Um dia o soldado alemão lhe informa que não voltará para buscá-lo. Pede a Mika que lhe dê o príncipe de sua trupe de fantoches, pois queria presentear seu filho Karl que tinha quase sua idade (13 anos). Mika lhe oferece outro.
Mika chega de volta,e encontra na casa só a prima, desesperada, pois lhe levaram as famílias. Ele recorre a Max que lhe diz, sob sigilo, onde encontrá-los, mas o impediu de procurá-lo outra vez, mesmo que precisasse. Mika lhe oferece, desta vez, o príncipe que foi imediatamente guardado pelo oficial.
Pouco tempo depois suas mães e primos foram deportados, deixando a ambos à mercê da sorte.
Passam um tempo escondidos até serem resgatados pelos alemães para prestarem serviços pesados do lado ariano.
Mika e Ellie foram convidados a participar de um grupo desejoso de vingança e como não tinham mais nada a perder organizaram a resistência para a última batalha. Vencidos pelos alemães, esconderam-se em abrigos subterrâneos.Era maio de 1942
Ellie era o único pedaço de vida que restava para Mika. Despede-se Ellie com um beijo e foge com vinte companheiros através de um túnel para se integrarem à resistência polonesa. De lá viram o gueto se desfazer num rolo de fumaça negra e com ela sua Ellie.
Em 1953, na América, Mika conhece Ruth, mas a jornada do príncipe (fantoche) nas mãos de Max (soldado alemão) estava longe de acabar, pois o destino, dá um jeito de aproximá-lo de Mika. Veja como.
Capa e diagramação bem elaborados, com papel amarelado que deixa a leitura mais agradável.
Capa, ficha técnica,sinopse
O menino dos fantoches de Varsóvia
Eva Weaver
ISBN: 9788581634173
Editora: Novo Conceito
Número de páginas: 400
Encadernação: Brochura
Formato: 16 X 23 cm
Ano Edição: 2014
Sinopse
Mesmo diante de uma vida extremamente difícil, há esperança. E às vezes essa esperança vem na forma de um garotinho, armado com uma trupe de marionetes – um príncipe, uma menina, um bobo da corte, um crocodilo… O avô de Mika morreu no gueto de Varsóvia, e o menino herdou não apenas o seu grande casaco, mas também um tesouro cheio de segredos. Em um bolso meio escondido, ele encontra uma cabeça de papel machê, um retalho… o príncipe. E um teatro de marionetes seria uma maneira incrível de alegrar o primo que acabou de perder o pai, o menininho que está doente, os vizinhos que moram em um quartinho apertado.
Logo o gueto inteiro só fala do mestre das marionetes – até chegar o dia em que Mika é parado por um oficial alemão e empurrado para uma vida obscura.
Esta é uma história sobre sobrevivência. Uma jornada épica, que atravessa continentes e gerações, de Varsóvia à Sibéria, e duas vidas que se entrelaçam em meio ao caos da guerra. Porque mesmo em tempo de guerra existe esperança.
Boa leitura
See ya!
Rosana Gutierrez
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Adoro um bom drama,leria apenas por se passar na 2 guerra, fiquei curioso do porque o avô dele deixou essas coisas.
Não leria, porque não gosto de dramas ainda mais que se passam durante a segunda guerra que foi o periodo mais triste da humanidade..
Nossa esse livro sim eu quero ler. Amo historias assim baseado na 2° guerra mundial *-* 😀
Ainda que dolorosos, eu gosto de livros assim, os livros que falam do holocausto são necessários para que a Humanidade nunca esquecer aquela maldade :'(
Interessante o contexto histórico do livro se passar durante a segunda guerra é um drama, é diferente alguem herdar tesouros que não tem valor e sim segredos.
Me surpreendi com o fato de Mika ser tão maduro aos 13 anos algo tão diferente dos jovens de hoje em dia. Também a situação em que estava não podia ser diferente. O fato dele ser pensar em fazer algo bom em meio a tanta coisa ruim me conquistou ? Mais um livro que pergunto, é baseado em fatos reais, ou apenas ficção?