Por Gianpaolo Celli, consultor do ALITERAÇÃO SERVIÇOS EDITORIAIS
Nestas últimas semanas o Aliteração recebeu muitos questionamentos a respeito de algumas editoras por parte de nossos clientes. E foram tantas que resolvi falar a respeito aqui. Isso, pois mesmo não podendo comentar nada a respeito das mesmas, afinal de contas não verifiquei nada de negativo a respeito delas na internet.
Mesmo assim tenho que concordar que quando a editora se diz “tradicional”, ou seja, que não trabalha produzindo livros “por demanda” ou pagos pelo escritor, é estranho que responda uma mensagem dizendo que ‘produz capas e diagramação de qualidade e faz os trabalhos de revisão, assim como consegue o ISBN (código internacional necessário para que o livro seja colocado à venda) junto a Biblioteca Nacional’.
Eu já fui editor e tenho que dizer: ISSO É O MÍNIMO! Quer dizer, basta raciocinar um pouco: o inverso disso seria terminar com um livro com uma capa sem qualidade, mal diagramado, que não pode ser vendido em lugar nenhum e o pior, com erros de português.
Ou seja FALA SÉRIO! Na realidade isso não somente depõe contra a própria editora, como também dá um tom de editora “por demanda”, pois neste tipo de publicação normalmente o escritor só possui o texto e a editora oferece serviços que a distinguem de uma simples gráfica. Assim, além da publicação do livro, eles oferecem serviços a parte de revisão, diagramação e capa.
FALA SÉRIO! Esses “serviços” que nem deveriam constar num carta de resposta de uma editora séria! Quer dizer possuir esses “serviços” é o mínimo para que um livro seja considerado como tal. Sem isso ele não seria “um livro”. Seria o mesmo que o autor colocar na apresentação que seu original tem começo, meio e fim; que existe coerência na história e que a mesma se sustenta até o final.
Sei que, como eu mesmo já comentei mais de uma vez aqui, os editores consideram que 95% dos originais não está, por um motivo ou por outro, pronto para o mercado. Mas o autor acredita. E venhamos e convenhamos, na verdade não é que “o original não está pronto para o mercado”, mas simplesmente o editor não conseguiu ver o potencial de vendas do livro.
E eu digo isso porque FALA SÉRIO! Se considerarmos aquela lenda de que Harry Potter passou por dezenove editoras antes de ser aprovado, ao menos uma parte dos dezenove editores que se recusaram a publicar pode haver pensado que ele “não estava pronto para o mercado” (considerando que algum deles possa ter tido a humildade de aceitar que não sabia como fazer para fazer aquele original chamar atenção nas livrarias).
Mesmo assim esse não é o ponto aqui. FALA SÉRIO! Eu repito o que já comentei a respeito enumeras vezes: antes de enviar seu original, ou de assinar o contrato de publicação de uma editora, aproveite a facilidade que é a internet para pesquisar a respeito dela. Veja se existe alguma reclamação sobre mesma, procure nos sites das livrarias se elas tem o produto em catálogo (e ligue para ver se tem em loja, porque sem aparecer nas gôndolas o livro não vende), e finalmente entre no site da própria editora (ou das livrarias) e em alguma rede social e tente entrar em contato e questionar a respeito da editora com alguns de seus autores.
AS IDEIAS E OPINIÕES EXPOSTAS NOS ARTIGOS, TEXTOS E COMENTÁRIOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DOS AUTORES, NÃO REFLETINDO, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO OU POSIÇÃO DO LIVRÓLOGOS
Afinal de contas, é melhor prevenir do que remediar…
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