O Esquadrão Suicida


Todo mundo que acompanha os filmes de super-heróis conhece a história do primeiro Esquadrão Suicida: trailer espetacular, clássico do rock ao fundo, Arlequina arrasando (já no trailer), uma ideia inovadora pro gênero e a perspectiva da volta do Coringa, após a histórica atuação de Heath Ledger.

O resultado foi que muita gente pagou o ingresso pra ver uma trama fraca, mal executada, sem nenhuma relação com o universo que a DC Comics construía no cinema e, claro, um Coringa pra se esquecer. Dessa forma, soou muito estranho para o público saber que haveria outro filme do grupo de vilões.

A diferença é que agora o projeto – que já é non sense na sua gênese – estaria a cargo do diretor James Gunn, que fez excelente trabalho na Marvel à frente dos igualmente non senses filmes dos Guardiões da Galáxia, e não é que deu certo?!

O primeiro acerto de Gunn, que também é  o roteirista, é não ter feito exatamente uma sequência do primeiro filme. Ele não renega sua existência, e até usa o conhecimento prévio do público para não perder tempo com grandes explicações, mas a história como um todo corre de maneira totalmente independente do longa de 2016, tanto que o próprio título não é Esquadrão Suicida 2, ou O Retorno, etc; a simples adição do artigo no título já o descaracteriza como uma sequência direta.

Outro acerto foi a resposta bastante rápida ao estranhamento dos fãs sobre a quantidade obscena de personagens. Como ele resolveu isso? Matando a metade deles. Sem drama, né, gente, o filme tem SUICIDA no nome. Aliás, vale dizer que se seu antecessor foi econômico no sangue, esse entendeu perfeitamente que o roteiro girava em torno de uma força-tarefa formada por super-vilões, o que, por definição, torna toda e qualquer violência absolutamente plausível.

Sobre o elenco, não achei que houve grandes destaques negativos ou positivos. Gente nova como Idris Elba, John Cena e a brasileira Alice Braga – além da voz inconfundível de Silvester Stallone – cumpriram suas funções como o esperado, mas sem roubarem a cena, que segue sendo dela: Margot Robbie,  a Arlequina. Em seu terceiro longa com a personagem, a moça parece cada vez mais à vontade, embora ainda me incomode a ideia de que ela, sozinha possa fazer proezas como invadir uma delegacia ou fugir de uma guarda real.

Não me levem a mal; não há nada de estranho quando a Mulher-Maravilha – que é uma deusa – entra numa guerra parando tiros com as mãos, ou quando a Viúva Negra – uma agente treinada desde a infância – enfrenta alienígenas, mas quando uma psiquiatra que virou paciente e nunca teve NENHUM tipo de treinamento realiza feitos que desafiam a capacidade humana, isso ainda me soa como pouco crédito à inteligência do expectador – embora a cena à qual me refiro seja excelente.  

De qualquer forma, O Esquadrão Suicida – com artigo, pra não confundir com o antecessor – é um filmão pra quem gosta de violência, humor e achava que a DC Comics estava devendo uma boa história de super-vilões!

O Esquadrão Suicida

The Suicide Squad

Direção e roteiro

James Gunn

Elenco

Evie Saide, Ronaldo Júlio, Duda Ribeiro, Idris Elba, John Cena, Margot Robbie

5 de agosto de 2021 No cinema 

2h 12min 

Aventura, Ação, Fantasia

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