Há algum tempo, escrevi aqui no blog uma análise sobre duas das franquias mais lucrativas do cinema e que não haviam recebido minha atenção até então: Piratas do Caribe e Harry Potter. Hoje – e muito graças à pandemia – venho escrever sobre outras duas séries de filmes, pensando ainda se ao final dos dois textos falarei sobre uma terceira, impecável do ponto de vista técnico, mas para a qual eu absolutamente não tenho paciência.
Comecemos falando de Velozes e Furiosos. Sei que preconceito nunca é uma coisa boa, mas também não é sempre que ele erra, e posso dizer que, sim, os três primeiros filmes da franquia dos rapidinhos são exatamente o que me pareciam à distância. Não que sejam ruins, mas a temática envolvendo fortões, corridas de carros e tatuagens não é, de fato, algo que desperte o meu interesse pessoal, que se viu melhor atendido a partir do 4º filme, com menos velocidade, mais fúria, mais drama e mais humor. É claro que a morte do galã Paul Walker durante as gravações, fez do sétimo longa o mais aclamado de todos, embora, como roteiro, eu considere o quinto – que se passa no Rio de Janeiro – o mais divertido deles, e muito se deve ao personagem Roman Pearce, interpretado por Tyrese Gibson, que desde sua aparição no II sempre se mostrou com potencial para ser o alivio cômico da franquia.
Além dele, vale observar que foi no Rio de Janeiro que o policial Robbs, interpretado por Dwayne Johnson, ingressou o time e passou a dividir o protagonismo da franquia; e como se já não houvesse carecas o suficiente, ainda encontraram espaço para o minibrutamontes Jason Stathan, que protagonizou a épica cena do resgate do bebê no oitavo filme e, junto com Dwayne, deu título e vida ao recente spin-off Velozes & Furiosos: Robbs & Shaw.
Como se pode ver, as corridas com neons e calças largas do início dos anos 2000 deram lugar a uma franquia que até continua gostando – e muito! – de carros, mas certamente prefere uma boa pancadaria.
“Eu vivo minha vida um quarto de milha de cada vez. Nada mais importa: nem a hipoteca, nem a loja, nem minha equipe e todas as suas besteiras. Para aqueles dez segundos ou menos, eu estou livre.”
Dominic Toretto
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