Que p… foi essa? Venom, de 2018, já não é lá essas coisas e eu falei longamente sobre isso à época. Aliás, esses filmes com “sobras” de super-heróis raramente dão em algo positivo, sendo Coringa talvez a maior das exceções; entretanto, minha admiração pelo gênero fez com que eu encarasse Venom: Tempo de Carnificina e constatasse, abismado, que os roteiristas se superaram na ruindade.
Se meu cérebro de Humanas tem dificuldade para entender tramas complexas com reviravoltas e viagens no tempo, o que me faz gostar de narrativas mais lineares, nesse filme minha única pergunta era se eu havia dormido em algum momento, pois em minha cabeça não era possível – e continua não sendo – que uma trama seja tão básica, simplória, sem grandes momentos e mal-acabada quanto essa.
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Até agora, por exemplo, não faz sentido que o derivado do Venom seja tão absurdamente mais poderoso que ele e como disse um critico por quem tenho enorme respeito, não venha me dizer que a HQ explica, pois as mídias são diferentes e eu não tenho q ler um quadrinho antes de ver um filme.
Afora isso, há personagens completamente inúteis (e não são poucos) e a relação do protagonista com seu hospedeiro falha na tentativa de ser engraçada, sendo apenas boba e chata. Sim, eu sei que alguns marvetes já ficaram excitados com a cena pós-créditos, prevendo o encontro apocalíptico que se anuncia para o próximo filme do Homem-Aranha, mas sejamos francos: Venom (tanto o primeiro quanto, principalmente, o segundo) está muito abaixo do irretocável padrão de qualidade estabelecido pelo Universo Cinematográfico Marvel, que, mesmo em seus maiores fiascos, manteve um nível muito superior ao que assistimos aqui.
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Eu não vou ser tão chato e dizer que não me diverti em nenhum momento. Há sim algumas piadas, no melhor estilo Deadpool para menores, mas muito pouco para segurar um filme. Falando em Deadpool, aliás, note o título do longa: Tempo de Carnificina. Era pra se esperar um banho de sangue, certo? Entretanto, na busca por classificações indicativas mais abrangentes, viu-se muito pouco da matança anunciada. Muito grito, muita rosnada, visual imponente, dentes e… Só. Nem um mísero saquinho de ketchup jogado no chão para fazer jus à relação entre o assassino condenado e o parasita que o usa como hospedeiro – o que, vamos combinar, era argumento para fazer um filme bem divertido.
Venom: Tempo de Carnificina é a sequência dispensável de um filme igualmente dispensável, embora ambos tenham registrados bilheterias satisfatórias, mais pela curiosidade do público que por qualquer outra coisa. E pensar que reclamávamos do personagem no longínquo Homem-Aranha III, de 2007…
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Venom: Tempo de Carnificina
Venom: Let there be Carnage
Direção: Andy Serkis
Roteiro: Tom Hardy, Kelly Marcel
Elenco: Tom Hardy, Woody Harrelson, Michelle Williams, Naomie Harris.
7 de outubro de 2021 no cinema
1h 37min
Ação, Fantasia
Sinopse
Não recomendado para menores de 14 anos
1996. O jovem – prestes a se tornar um serial killer – Cletus Kasady e sua namorada Frances Barrison estão sendo levados por policiais para um instituto contra a vontade deles. Mas ambos possuem dois symbiontes que os ajudam a fugir do local.
Agora, no tempo presente, um ano após os acontecimentos de Venom (2018), Eddie Brock e o symbionte Venom estão tendo dificuldades em se acostumar um com o outro. Eddie está tentando voltar com sua carreira como jornalista e para sua sorte, um detetive o aborda para entrevistar Kasady, agora preso e indo para o corredor da morte, que só quer dar entrevista se for com Eddie.
Após a entrevista, Eddie e Venom acabam levando fama ao descobrirem mais das vítimas de Kasady antes que ele seja levado para a injeção da morte. Mas, no dia em que Kasady iria pagar por seus crimes, sua execução falha e seu symbionte Carnage o faz escapar da prisão. Agora, Carange e Kasady estão atrás de Venom e Eddie.
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